sábado, 26 de maio de 2012

Isabel Jonet

Isabel Jonet, presidente do Banco Alimentar Contra a Fome (BA), no dia 20 e Maio de 2012, na TVI, demonstrou desconhecer a pobreza e a realidade de quem foi empurrado para a miséria e não consegue receber uma gota dos apoios apregoados pelos governos.
O desemprego existe muito para além dos números oficiais, que escondem a realidade de quem não beneficia de subsídios por motivos institucionais.
Relativamente às crianças que chegam às escolas com fome, acha que isso se deve à incompetência dos pais (ou avós, ou tios...), ignorando a dura realidade, que demonstra que o fracasso deste modelo social é flagrante.
Quem não tem nada, não tem nada. É simples. Será difícil de perceber para quem sempre teve o essencial? Parece que sim...
Vida de pobre, para rico, é filme.
Isabel Jonet brinca à caridadezinha. Só os pobres pensam que estão a dar aos pobres, enquanto alguns oportunistas aproveitam a máquina para lucrar.
A hiper-mega-multimilionária igreja, através dos seus centros de exploração (para ricos - pobre não tem dinheiro para pôr o filho na creche nem o pai no asilo) são os principais beneficiários da pilhagem com que tantos voluntários ingénuos assediam quem acede aos espaços comerciais. Esses centros são receptores de produtos recolhidos, e uma boa parte é vendida de forma indirecta (refeições pagas).
Isabel Jonet ainda amenizou a atitude canalha do Pingo Doce, que lucra com as campanhas do BA (através dos produtos e vales vendidos), enquanto faz chantagem mafiosa com os produtores para dinamitar a concorrência.
Isabel Jonet é a cara de uma empresa ilusionista, extensão do espírito do estado novo. O BA poderia ser excelente.
Assim, não passa de uma anestesia social que serve interesses óbvios.

terça-feira, 1 de maio de 2012

Pingo Amargo no 1ª de Maio

Pingo Amargo no 1ª de Maio
Muito para além do flagrante indicador do fracasso de um sistema económico e da infelicidade da data escolhida, quando os trabalhadores que nada têm a ver com serviços de prevenção vital, a atitude de uma cadeia de supermercados, que desviou a sua sede social para um país mais favorável, "ofereceu" um desconto de 50% em compras de valor a partir de €100,00, não só desvia a atenção do simbolismo da data, mas exerce um acto discriminatório, uma vez que as pessoas que não têm disponíveis €100,00 (e não são poucas) não podem beneficiar desse "benefício", graças ao desemprego e aos salários em atraso.
À margem, destaco a violência imposta aos trabalhadores da empresa, forçados a uma enorme expansão da sua carga horária, camuflada de benefício pelo trabalho extraordinário prestado.