domingo, 24 de janeiro de 2010

PRIVATIZAÇÕES

A privatização dos serviços essenciais conduz à pobreza extrema dos utentes, que assumem o estatuto de clientes.
A despesa pública sobre esses serviços mantém-se ou agudiza-se e os lucros, acrescidos, são distribuídos pelos gestores.
É bonito e contribui para um mundo mais feliz, não é, ó povinho entorpecido?

CRISE

Em tempo de crise, a solução óbvia é roubar ainda mais aos pobres para garantir o acréscimo de rendimento dos muito ricos.
TODAS AS CRISES SÃO FORJADAS

Manuela Ferreira Leite

Manuela Ferreira Leite anda contente.
Senhores banqueiros, descansem.
Ela ajuda a viabilizar o orçamento.
PODEM CONTINUAR A PILHAGEM!

Paulo Portas

Existem dois Paulo Portas?
O ex-ministro Paulo Portas foi responsável directo pela compra de dois submarinos considerados desnecessários pela NATO, que consomem uma fortuna diária, e por um lote de helicópteros que estiveram imobilizados e agora absorvem rios de dinheiro por um contrato de manutenção milionário. RESPONSÁVEL.
O mesmo PP que dirige o PP viabiliza de forma RESPONSÁVEL o orçamento de estado do partido (nacional) socialista - vulgo PS.
Observando as reportagens, percebe-se que afinal nada mudou. É mais do mesmo. A argumentação populista e deturpadora está lá toda (segurança, pensões, agricultura, família... - todo o mal que vos faço é para o vosso bem).
Nada de novo, portanto.

Tempo

A criação de obrigações institucionais, além daquelas que os imprevistos exigem, em horário laboral, implica consumo de tempo de descanso, lazer e intervenção.
Marcar consultas, tratar de assuntos com empresas de fornecimento de recursos essenciais como água, energia ou transportes públicos, inspecção automóvel, entrega do IRS..., tudo é tratado em horário de expediente com prejuízo dos trabalhadores.
A opção visa anestesiar a revolta, preenchendo espaço que poderia ser ocupado com actividades eventualmente incómodas.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Descarreirar

Não lembra ao diabo ou governante acisado juntar no mesmo saco todas es especialidades, ou mais concretamente arrumando-as em três grupos com as designações de técnico superior, assistente técnico e assistente operacional, só para garantir a distinção dos grupos económicos.
Mata-se a especialização, despreza-se a formação e a experiência, desperdiça-se o conhecimento, aposta-se na mediocridade. Em nome da mobilidade, joga-se para o lixo todo o investimento na melhoria da prestação do serviço público.
Torna-se exasperante a prepotência e a falta de senso com que se lida com as pessoas. As decisões parvas acumulam-se.
Num estado de direito respeita-se a lei dos contratos. Sucintamente: nenhum contrato pode ser alterado unilateralmente. Por cá, um governo faz isso impunemente.
O disparate mais flagrante e a pura veleidade já não surpreendem. Mais uma vez, o governo deu exemplos de ignomínia e má gestão.

A POLÍTICA DE CORRECÇÃO DE REMUNERAÇÕES

Face ao crescente e aterrador aumento da pobreza em Portugal, torna-se urgente rever as políticas de negociação remuneratória no sentido de não tornar ainda mais gravosa esta situação, em que o trabalho deixa de ser compensatório.

A incidência percentual sobre o valor miserável recebido pelos que se encontram encarcerados no fundo de uma tabela remuneratória torna-se ridícula quando convertida em valores concretos. Os aumentos percentuais têm levado a situações insustentáveis e aberrativas em que o valor do aumento dos vencimentos mais elevados pode ser superior ao valor da retribuição dos que estão posicionados na base das tabelas.

O efeito de leque poderá ser atenuado através de um cálculo de valor de correcção intermédio que seria atribuído à generalidade dos trabalhadores, independentemente da posição remuneratória que ocupem.

Outras soluções serão naturalmente possíveis e passíveis de análise. A manutenção do actual sistema é que torna incomportável, já por questões de sobrevivência e não apenas de dignidade, a situação económica de uma cada vez maior fatia de trabalhadores.

A desgraça evolui e não se auguram bons resultados se não forem tomadas medidas concretas e transparentes.

E insisto, urgentes.

BAIRRO AZUL, BELA VISTA, SETÚBAL

na imprensa:
Câmara de Setúbal desmente BE sobre Bairro Azul
A presidente da Câmara de Setúbal garante que «nunca» afirmou «qualquer intenção» da autarquia de demolir o Bairro Azul da Bela Vista. A garantia é avançada pelo executivo de Dores Meira, em resposta a declarações da bancada do Bloco de Esquerda, de que teria sido “anunciado publicamente” pela presidente da Câmara, “a intenção de demolir”o bairro.

Segunda, 11/01/2010 - 16:38


Depois de uma visita à zona, os bloquistas afirmam que os moradores não receberam qualquer tipo de informação, pelo que pedem explicações à Câmara sobre o assunto e chamam a atenção para o que classificam de “abandono da manutenção dos edifícios e do espaço envolvente”, nomeadamente “a ausência de iluminação pública entre os blocos habitacionais”.

A posição dos elementos do Bloco de Esquerda é repudiada pela autarquia, que desmente que «alguma vez tenha a presidente da Câmara afirmado, em qualquer circunstância, que o bairro azul vai ser demolido». E esclarece que a edil Dores Meira, em resposta a uma questão colocada por um jornalista da SIC, «apenas admitiu que tem havido interessados na construção de novos empreendimentos naquele espaço, garantindo, naturalmente, os necessários realojamentos». No entanto, assevera a autarquia, «admitir esta realidade é coisa bem diferente de afirmar que o bairro vai ser demolido», uma vez que «não há nenhuma decisão nesse sentido».

Para a maioria comunista na Câmara, o comunicado do Bloco de Esquerda «assume, no mínimo, um carácter estranho», quer relativamente à alegada demolição quer às denúncias de «abandono» do equipamento, até porque «é conhecido que foi já aprovada uma candidatura da Câmara a fundos comunitários para a requalificação do bairro». Candidatura que, adianta o executivo, «evidencia que a autarquia está empenhada na transformação, para melhor, de toda aquele conjunto habitacional».

A senhora quererá convencer-se de que somos todos ingénuos?
Transcrevendo a resposta:
“a demolição foi apontada como solução pelos empreendedores imobiliários”. “Nunca, em circunstância alguma, foi dito que o bairro iria ser demolido ou que essa decisão estava tomada”

Então a senhora vai para a TV fazer de porta-voz dos empreendedores imobiliários e devemos ficar a pensar que não existe essa intenção?

Sem que a denúncia seja feita, resta a política do acto consumado. É também contra essa forma de prepotência que lutamos. As decisões sobre a vida das pessoas devem passar pelos visados.

A senhora fala muito bem com os empreendedores imobiliários e papagueia as suas soluções miraculosas, mas não fala com a população antes da campanha publicitária.

Confrontada com a intenção, foge com o rabo à seringa. Refugia-se na forma para desviar a atenção do conteúdo.

Tá mal

TRANSPORTES PÚBLICOS

Quase diariamente recebo notícias destas (ver abaixo), porque subscrevi a newsletter.
Já nem abro algumas delas...
Não sei se a atitude canalha tem cobertura legal, e se a tem, mais grave se torna o problema.
É a prepotência capitalista instituída contra todos os valores ecológicos e sociais na sua plenitude.
Torna-se imperativo denunciar que não se trata de situações pontuais de ajuste para melhoria de serviços, mas apenas de uma estratégia economicista por parte de uma empresa que recebe verbas avultadas do Estado (leia-se dos nossos impostos) para prestação de um serviço social.
É o custo das privatizações selvagens que andamos a pagar.


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From: Transportes Sul do Tejo
Date: 2010/1/15
Subject: SUPRESSÃO DA CARREIRA 2P - PRAGAL-COVA DA PIEDADE
To:

A partir do dia 01/02/2010 a carreira 2P deixará de ser efectuada.Mais informações poderão ser obtidas através do contacto telefónico 211 126 200.
Direcção de Comunicação e Marketing