quarta-feira, 25 de abril de 2012

Miguel Portas

E se Miguel Portas tivesse sido alvo do reconhecimento, efémero e circunstancial por parte de quem nunca o conheceu ou nunca o tentou compreender, que recebe nos instantes imediatos à sua morte?


E se, depois de morto, o legado de Miguel Portas pudesse ser aproveitado para gerar uma consciência social em quem nunca o conheceu ou nunca o tentou compreender, mas teceu louvores póstumos efémeros e circunstanciais?

Destaco a sua defesa dos direitos humanos, que a hipocrisia, o egoísmo, a ignorância e o capitalismo espezinham a cada instante.

Breve será a memória de quem nunca conheceu ou nunca tentou compreender Miguel Portas e irá continuar a insistir na hipocrisia, no egoísmo, na ignorância e no capitalismo.

Acresce que o Miguel, nos poucos momentos em que tive o prazer de conviver, demonstrou um sentido de humor inteligente.

Em oposição, este povo não tem sentido de humor nem é inteligente.

Malvado fado...

sábado, 14 de abril de 2012

Portucale - todos inocentes

Há que louvar a coragem dos dirigentes do CDS-PP, que garantiram a segurança dos golfistas, perante os ataques traiçoeiros dos sobreiros malvados.
Saudemos a coragem dos juízes, bravos e isentos, que perceberam a inocência e a boa fé dos dirigentes do CDS-PP, que garantiram a segurança dos golfistas, perante os ataques traiçoeiros dos sobreiros malvados.
Portugal é um estado de direito.
A Justiça funciona.
O povo é culto.
O primeiro de abril é todos os dias.

http://www.jn.pt/PaginaInicial/Seguranca/Interior.aspx?content_id=2416162

Informação é futebol

É triste e mete dó ligar a televisão.
Os três canais generalistas em sinal “aberto” fotocopiam-se em tempo real, dedicando a maior parte do tempo “informativo”, no chamado horário nobre, ao futebol.
O segundo canal, frequentemente, está consonante.
Navegando nos outros canais nacionais pagos, encontro mais do mesmo.
Pelos temáticos, e já me parece perseguição, impera também o futebol!
Honestamente, e consciente de que estou a afrontar a grande maioria da população portuguesa, considero que todos os adeptos de clubes de futebol são vítimas de manipulação. A euforia clubística transcende toda a racionalidade. Aí reside um fundamentalismo irracional, baseado na necessidade primária de integração.
Aceito e compreendo quaisquer acusações de arrogância intelectual e argumento com a convicção de que o desporto de competição é fascista.
Os conceitos de vencedor e de campeão são, para mim, manifestações de poder e de subjugação que nunca pensei continuarem vívidas numa sociedade em que fantasistas como eu idealizavam crescer numa perspectiva solidária. Parvo, como de costume.
Transponho para o domínio da mais primária perspectiva fascista, a atitude de veneração do campeão e a humilhação do derrotado. Forte e campeão é bom, derrotado não presta.
Em termos práticos e imediatos, vejo apenas empresas a capitalizar emoções e convicções acéfalas, com o apoio governamental.
Dá tanto jeito, o ilusionismo primário.