É triste e mete dó ligar a televisão.
Os três canais generalistas em sinal “aberto” fotocopiam-se em tempo real, dedicando a maior parte do tempo “informativo”, no chamado horário nobre, ao futebol.
O segundo canal, frequentemente, está consonante.
Navegando nos outros canais nacionais pagos, encontro mais do mesmo.
Pelos temáticos, e já me parece perseguição, impera também o futebol!
Honestamente, e consciente de que estou a afrontar a grande maioria da população portuguesa, considero que todos os adeptos de clubes de futebol são vítimas de manipulação. A euforia clubística transcende toda a racionalidade. Aí reside um fundamentalismo irracional, baseado na necessidade primária de integração.
Aceito e compreendo quaisquer acusações de arrogância intelectual e argumento com a convicção de que o desporto de competição é fascista.
Os conceitos de vencedor e de campeão são, para mim, manifestações de poder e de subjugação que nunca pensei continuarem vívidas numa sociedade em que fantasistas como eu idealizavam crescer numa perspectiva solidária. Parvo, como de costume.
Transponho para o domínio da mais primária perspectiva fascista, a atitude de veneração do campeão e a humilhação do derrotado. Forte e campeão é bom, derrotado não presta.
Em termos práticos e imediatos, vejo apenas empresas a capitalizar emoções e convicções acéfalas, com o apoio governamental.
Dá tanto jeito, o ilusionismo primário.
sábado, 14 de abril de 2012
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