segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Funções

O Senhor Presidente da República disse, a propósito do casamento independente do género, que tem outras prioridades.
Não pode.
O Senhor Presidente da República é pago para fazer o trabalho todo, não para escolher o que é ou não importante.
Faça o favor de cumprir com todas as funções que lhe foram confiadas.
Pelos lados do PS, ataca-se o Senhor Presidente da República por tentar interferir na agenda do Governo.
Não deve.
Ao PS, que é Governo, cumpre governar, e não dar continuidade à campanha eleitoral de vitimização. É para isso que foram eleitos.
Façam também o favor de cumprir com todas as funções que vos foram confiadas.
É também para isso que são pagos.

Exmº Senhor Primeiro-ministro,

Provavelmente ainda não reparou, ocupado que tem andado com tantas cimeiras e com a celebração e entrada em vigor do tratado de Lisboa (quanta honra).
Presumivelmente, o amontoado de imbróglios de que tem sido vítima, desde o diploma da Moderna ao Freeport, passando pela co-incineração, e agora com a trapalhada em que envolveram o pobre coitado do seu amigo Vara, não lhe têm deixado disponibilidade para notar.
Naturalmente, o conluio da Assembleia da República quanto à brilhante proposta das novas regras tributárias terá abalado o trajecto lúcido da cruzada socialista e então não se tem apercebido.
Evidentemente, a sabotagem do Tribunal de Contas às Grandes Obras perturbará a atenção de V. Exª e por isso ainda não terá dado por nada.
Assim, atrevo-me a chamar a atenção de V. Exª para um pormenor, digamos mesquinho, insignificante, irrelevante, desprezível:
Há muitos portugueses com fome e alguns portugueses a chafurdar em fortunas.
Essa situação é imperdoável para um socialista.
Agora, alertado que está para a situação, é de sua responsabilidade tomar medidas urgentes e assumir as suas responsabilidades como Primeiro-ministro socialista e direccionar as suas prioridades para colmatar as necessidades básicas do povo que o elegeu.

sábado, 19 de dezembro de 2009

A dignidade morreu

Sem pudor, os chefes, directores e o raio que os parta, fazem chantagem com os trabalhadores
A troco de não fechar a loja reduzem-nos a escravos
Os chefes intermédios, receando o despedimento, caem na esparrela
É um povo de cócoras

O PAU DA BANDEIRA

Um milhão de euros para comprar um mastro para uma bandeira?
Devem estar a brincar!
Não, a ideia é tão estúpida que só podem estar a falar a sério...
Ou a ideia é estúpida e totalmente despropositada nas condições económicas actuais ou o presidente da Câmara de Paredes, o social-democrata Celso Ferreira, que teve a brilhante ideia e o presidente da Comissão Nacional das Comemorações do Centenário da República, Artur Santos Silva, que acolheu a ideia com grande entusiasmo, têm interesses económicos pessoais envolvidos, porque patriotismo não é de certeza absoluta, dado o esbanjamento de dinheiros públicos envolvido no processo.
A população de Paredes deve estar feliz com a resolução do seu Presidente. Provavelmente há excesso de dinheiro e há que apregoar isso com mais um exibicionismo a pedir registo no Guinness Book of Records.
Se não levarem o registo do maior mastro levam o do pau mais caro.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Gestores vs Ordenado Mínimo

O Governo propõe a miséria de € 475,00.
Os patrões acham muito e apontam para € 460,00.
VERGONHA!!!
Quando se conhecem as reformas milionárias dos gestores, é nojento andar a humilhar a pobreza a que remeteram os trabalhadores.
Quando se vêem as lojas de luxo a aumentar as vendas em plena crise, percebe-se a realidade da crise, que existe só para os pobres.
Quando se apontam cortes na despesa pública, sabe-se que vão cortar no vencimento de quem ganha pouco. Os AJUSTES DIRECTOS implicam directamente despesismo e corrupção. São tudo menos transparência. O site que apregoa essa transparência demonstra o seu oposto.
Mira Amaral propõe não aumentar salários. Bem, se as suas remunerações fossem semelhantes às dos trabalhadores provavelmente ninguém se sentiria lesado.
Falar em competitividade é louvaminhar as premissas cavaquistas.
Sabemos ao que levaram, quando foi governo: aumentos extraordinários de 60% para técnicos superiores, cavando o fosso que levou a pobrezas extremas, acentuadas pelos aumentos percentuais que nem os sindicatos se atrevem a tentar quebrar.
Fico danado.