na imprensa:
Câmara de Setúbal desmente BE sobre Bairro Azul
A presidente da Câmara de Setúbal garante que «nunca» afirmou «qualquer intenção» da autarquia de demolir o Bairro Azul da Bela Vista. A garantia é avançada pelo executivo de Dores Meira, em resposta a declarações da bancada do Bloco de Esquerda, de que teria sido “anunciado publicamente” pela presidente da Câmara, “a intenção de demolir”o bairro.
Segunda, 11/01/2010 - 16:38
Depois de uma visita à zona, os bloquistas afirmam que os moradores não receberam qualquer tipo de informação, pelo que pedem explicações à Câmara sobre o assunto e chamam a atenção para o que classificam de “abandono da manutenção dos edifícios e do espaço envolvente”, nomeadamente “a ausência de iluminação pública entre os blocos habitacionais”.
A posição dos elementos do Bloco de Esquerda é repudiada pela autarquia, que desmente que «alguma vez tenha a presidente da Câmara afirmado, em qualquer circunstância, que o bairro azul vai ser demolido». E esclarece que a edil Dores Meira, em resposta a uma questão colocada por um jornalista da SIC, «apenas admitiu que tem havido interessados na construção de novos empreendimentos naquele espaço, garantindo, naturalmente, os necessários realojamentos». No entanto, assevera a autarquia, «admitir esta realidade é coisa bem diferente de afirmar que o bairro vai ser demolido», uma vez que «não há nenhuma decisão nesse sentido».
Para a maioria comunista na Câmara, o comunicado do Bloco de Esquerda «assume, no mínimo, um carácter estranho», quer relativamente à alegada demolição quer às denúncias de «abandono» do equipamento, até porque «é conhecido que foi já aprovada uma candidatura da Câmara a fundos comunitários para a requalificação do bairro». Candidatura que, adianta o executivo, «evidencia que a autarquia está empenhada na transformação, para melhor, de toda aquele conjunto habitacional».
A senhora quererá convencer-se de que somos todos ingénuos?
Transcrevendo a resposta:
“a demolição foi apontada como solução pelos empreendedores imobiliários”. “Nunca, em circunstância alguma, foi dito que o bairro iria ser demolido ou que essa decisão estava tomada”
Então a senhora vai para a TV fazer de porta-voz dos empreendedores imobiliários e devemos ficar a pensar que não existe essa intenção?
Sem que a denúncia seja feita, resta a política do acto consumado. É também contra essa forma de prepotência que lutamos. As decisões sobre a vida das pessoas devem passar pelos visados.
A senhora fala muito bem com os empreendedores imobiliários e papagueia as suas soluções miraculosas, mas não fala com a população antes da campanha publicitária.
Confrontada com a intenção, foge com o rabo à seringa. Refugia-se na forma para desviar a atenção do conteúdo.
Tá mal
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