Face ao crescente e aterrador aumento da pobreza em Portugal, torna-se urgente rever as políticas de negociação remuneratória no sentido de não tornar ainda mais gravosa esta situação, em que o trabalho deixa de ser compensatório.
A incidência percentual sobre o valor miserável recebido pelos que se encontram encarcerados no fundo de uma tabela remuneratória torna-se ridícula quando convertida em valores concretos. Os aumentos percentuais têm levado a situações insustentáveis e aberrativas em que o valor do aumento dos vencimentos mais elevados pode ser superior ao valor da retribuição dos que estão posicionados na base das tabelas.
O efeito de leque poderá ser atenuado através de um cálculo de valor de correcção intermédio que seria atribuído à generalidade dos trabalhadores, independentemente da posição remuneratória que ocupem.
Outras soluções serão naturalmente possíveis e passíveis de análise. A manutenção do actual sistema é que torna incomportável, já por questões de sobrevivência e não apenas de dignidade, a situação económica de uma cada vez maior fatia de trabalhadores.
A desgraça evolui e não se auguram bons resultados se não forem tomadas medidas concretas e transparentes.
E insisto, urgentes.
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