Na patética defesa da tauromaquia, Gabriela Canavilhas falou das pessoas sensíveis que adoram canja de galinha e que não podem ver matar a galinha.
Luís Gouxa não poderia estar preparado para argumento tão parvo.
Provavelmente, eu também não, mas fiquei enfurecido com a situação.
Tradição e cultura não são a mesma coisa.
Matar a galinha para comer é um processo de sobrevivência da espécie. É um acto básico que não tem nada a ver com tradição, e muito menos com cultura.
Na tauromaquia, a tortura é um espectáculo. Nada tem a ver com sobrevivência ou com cultura. É exposição de barbárie e é tradição.
É inútil argumentar que o conceito de cultura não se aplica à tortura, com o exemplo do circo romano, em que matar pessoas também era espectáculo.
Nem Jorge Sampaio resistiu ao vício do espectáculo do sangue.
Valerá a pena argumentar com as tradições ciganas e árabes de casar crianças com homens? Valerá a pena argumentar com as tradições de mutilar genitalmente mulheres em África?
Não vale a pena, quando as pessoas não evidenciam sensibilidade e se vergam aos interesses económicos, ou se deslumbram com o circo envolvente.
Sócrates rodeou-se de pessoas como esta senhora.
Deu merda.
Mais merda irá chover.
Não é preciso ir à bruxa.
domingo, 2 de outubro de 2011
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A Gabriela é Açoreana e se calhar está a pensar nas touradas à corda que são as únicas que ainda se podem tolerar.
ResponderEliminarAgora um retrocesso civilizacional como o que o Jorge Sampaio permitiu, condescendeu, é imperdoável.