terça-feira, 23 de novembro de 2010

PASSOS COELHO

Pronto, é ridículo perder tempo e dar atenção a um cromo como Passos Coelho (escrevi com maiúsculas? Peço desculpa...)
Todavia, a atenção concedida ao boneco forçou-me a um pequeno comentário:
Para o ascensorista apressado e sôfrego, se o acesso ao poder implicar matar a população, que assim seja.
O cabelinho está no sítio e um bigode mosca ia a calhar...

Lobo Xavier

Lobo Xavier é um vendedor de seguradoras, seguidor do modelo americano fracassado.
É só raspar o cartão e ver que a ideia é conceder o direito à saúde, à educação, bla bla, essas coisas da constituição fora de moda, a quem tem dinheiro.

SÓCRATES VAI SALVAR O PAÍS

Como?
Matando a população.

SÓCRATES VAI ACABAR COM A POBREZA

Como?
Matando os pobres à fome.

POBREZA ENVERGONHADA

Os neo-pobres, ex-classe média. têm direito a alimentos ao domicílio!
Até na miséria há discrimibação!

"COMPETIVIDADE"

Ainda não se conseguiu aniquilar o inovador "competividade" do vocabulário de economistas e políticos da tanga!
"Competividade" não existe, e competitividade é estupidez e parvoíce.
Pena é que a populaça não o vislunbre...

GREVE

Os cidadãos que acharem que as viaturas anti-motim são mais importantes que o abono de família e o RSI, estão dispensados de fazer greve.
Estão, igualmente, dispensados de pensar (sem novidade) e de abrir a cloaca oral.

PIROTECNIA

Festa e foguetes...
O Governo Civil de Setúbal, naturalmente submisso ao poder do Governo e tacitamente ao poder da bola, autorizou pirotecnia depois da meia-noite posterior ao centenário do Vitória Futebol Clube.
Rebentam o descanso da população com festa parva, tarde e más horas.
Os Governos Civis são eficientes na repressão de manifestos de oposição, e populistas na autorização de festas tolas como os santos populares e as comemorações desportivas em horas de descanso natural.
Oa Governos Civis não são mais do que uma garantia de tacho para sobras de candidatos não eleitos pelo partidos ganhador.
O Governo Civil de Setúbal, como todos os Governos Civis, não presta para nada.

TUGA

O tuga é borrego.
O tuga vai à bola e não quer saber de mais nada.
Se lhe mostram o rabo de raia abre a nalga e reza para que não a queiram puxar de volta.

domingo, 17 de outubro de 2010

DISCRIMINAÇÃO

A Federação Concelhia de Setúbal das Associações de Pais e Encarregados de Educação (COSAP) cobra 70 euros mensais, por três horas e meia, para que as crianças possam entrar e sair da escola antes e depois da hora estipulada para o efeito.
As outras crianças ficam à porta.
Contrariando os próprios estatutos, criaram um sistema discriminatório, em que as crianças pobres não podem disfrutar da segurança e bem-estar que é facultada aos filhos das famílias com mais posses.
Ilícitamente, auferem de verbas indevidas.
Estupidamente, geram revolta.
A presidente da mesa da Assembleia Geral, Céu Martinho, não passa de uma mentecapta prepotente.
A Assembleia Geral só pode, a bem da credibilização da Associação, reunir e rever com urgência a atitude discriminatória assumida.
Se não o fizer, assume-se como organização elitista e mentirosa que, em virtude de não cumprir o definido nos Estatutos, deve ser simplesmente extinta.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

POIS...

É simples chafurdar em conjecturas políticas primárias quando se tem o cu quente.
"Vamos ser corajosos e tomar decisões de responsabilidade blá blá blá..."
PS e PSD, PEC 1, 2, 3, 4, PEC que pariram!
Afinal, só dizem, cromos instituídos, vamos aprovar o Orçamento de Estado e seduzir o FMI e o BCE e os mercados e tal...Na verdade, adiam os problemas que criaram.
Compraram e incentivaram aquisições inúteis. E continuam a saga.
Alimentaram benefícios despropositados de alguns, e salvaguardam as merdas que garantem a nossa pobreza, como os paraísos fiscais e os prémios dos gestores públicos.
Agora vão convencer a populaça alienada que o empobrecimento é para benefício do país.
Correcto, se considerarmos que o país são os seus gestores (e são-no).
A Nação vai ser reforçada com o tributo dos miseráveis, vai ser garantida a riqueza dos caciques, e tudo está bem com este conluio básico que sabe que tem nas mãos uma população a quem garantiu uma ignorância que lhes permite convencer que o sacrifício é uma inevitabilidade, e assim salvaguarda as suas benesses.
Raio que vos parta!

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Orçamento Luís de Matos

Nada na mão, nada na manga...
Ilusionismo, anestesia, todos mansos e borregos, convencidos de que o sacrifício vale a pena e é imprescindível.
Simples, cortar investimento público, aumentar deduções, coragem e patriotismo, blá blá blá e tal, etc, etc...
FIZERAM MERDA!
O resultado destas propostas vai ser naturalmente mais empresas a falir com o desinvestimento público, mais desemprego, menos valores sacados em impostos, mais recessão...
CORAGEM?
A tributação aos BANCOS/LADRÕES fica na mesma, não ouvi uma palavra sobre paraísos fiscais, não captei uma palavra sobre as reformas milionárias.
Os economistas da treta andam entretidos com valores de pensões de trocos e ordenados de merda, à espera de garantias de enriquecimento fácil, como precedentes obtiveram.
SEMPRE AOS MESMOS?
PORRA, QUEREM O QUÊ?
Abusam da apatia e da ignorância instituída na populaça.
Se calhar, o povo tem mesmo o governo que merece...

sábado, 5 de junho de 2010

PAPA

Tenham medo
Tenham muito medo
A estupidez grassa
O povo só mexe pelo Benfica e pelo papa
O Vaticano através do papa ofereceu a Fátima a rosa de ouro. O santuário é do Vaticano.
A igreja ofereceu orações às vítimas de terramotos.
Pareceu-me ter visto dois caças persistentemente a sobrevoar Lisboa.
Pareceu-me ter visto cinco helicópteros da força aérea para escoltar o papa de Lisboa para Fátima
Pareceu-me ter ouvido falar de aumentos de impostos.
Pareceu-me ter ouvido falar de corte de subsídios a pessoas que perderam o emprego.
Não me pareceu ter ouvido falar de os bancos terem sido tributados como os pobres ou as pequenas e médias empresas ou as grandes fortunas.
Pareceu-me que os bancos voltaram a ter lucros monstruosos.
Pareceu-me ter ouvido dizer que os gestores das empresas ganham prémios em função dos lucros dessas empresas e basta aumentar o preço da electricidade, da gasolina ou de qualquer serviço sem concorrência para garantir esses prémios e que gerir assim é cá uma trabalheira…
Crise? Qual crise?
Ah, mas temos soluções!
Cortes nos benefícios fiscais – saúde e educação.
Cortes nas remunerações do trabalho dependente – subsídio de natal e mais logo se verá.
Aproveitar a visita de sua santidade o protector dos pedófilos, anestesia geral.
Depois de matar o vínculo dos servidores públicos em geral, de lhes congelar os salários.

ANESTESIAS

Está à vista de todos, alguns pronunciam-no, mas poucos o escrevem.

Isto tresanda a Estado Novo.
Fátima atascou-se de povo prostrado perante o clero. Os governantes e os candidatos a governantes não podiam faltar ao evento. Todos se deslumbraram com a opulência e o fascínio do ouro e receberam, extasiados, o banho demagógico contra o aborto e o casamento de descriminação de género. Com vénias e oferendas. Com caças e helicópteros. Com despesismos gritantes. Com uma palhaçada ignóbil para um Estado dito agnóstico, mas que aproveita a ocasião para injectar medidas de empobrecimento, protegendo offshores, reformas acumuladas e prémios milionários a gestores públicos.

Isto tresanda a Estado Novo.
Com uns fadinhos de permeio (nem o Rock in Rio escapa), sem tréguas, o ícone Benfica emerge. A euforia dá a conveniente camuflagem à cruzada que consolida o intuito de gerar escravos para as corporações.

Isto tresanda a Estado Novo.
As manifestações são desvalorizadas. A ex-sindicalista (da tanga) ministra diz que é tempo de concertação e não de contestação. Pois, pagam-lhe para isso. E a concertação existe quando as partes dialogam com todos os parceiros sociais. O que não tem acontecido, não é? NÃO É, ANDRÉ????

Isto tresanda a Estado Novo.
Discretamente, as presidenciais não existem. Amorfos, os candidatos emergem carneiros com pele sintética de lobo para garantir a eleição do mesmo palhaço.

Isto tresanda a Estado Novo.
Conveniente, está aí o Mundial de Futebol e o oportuno apelo nacionalista. Jornais, televisão, tudo converge para o mesmo narcótico, com telejornais em que a meia hora inicial só tem futebol, Tony Carreira e cornetas merdosas por todo o lado.
Todos apoiam Portugal. Todos apoiam a Selecção. Portugal É a Selecção. Cruzam-se a Nação e a Selecção. Vão parir uma bela merda. O povo comove-se. O povo sofre pela selecção. A porcaria fica escondida.

Isto tresanda a Estado Novo.
Os governantes fazem o seu jogo na sombra da anestesia. Alienam-se as empresas essenciais que podem garantir a segurança da população (água, energia, transportes públicos, saúde, educação, comunicações,…) a favor das corporações.

Isto tresanda a Estado Novo.
As touradas estão de volta.
QUE NOJO!

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Vem aí o papa

escondam as crianças

quinta-feira, 29 de abril de 2010

CRISE: QUEM A GERA E QUEM A PAGA

O mercado financeiro não se auto-regula e a supervisão mútua não funciona, ao contrário do que preconizava e continua a defender, contra todas as evidências, o ex-presidente da Reserva Federal dos EUA (FED), Alan Greenspan. E o embrião desta crise foi precisamente a sua nomeação, em 1987, por Ronald Reagan, visando a liberalização total do sector financeiro. Com ele terminaram as restrições aos juros e foi viabilizado o empréstimo de risco. No mercado imobiliário o crédito a famílias modestas (o subprime) foi facilitado. Faz lembrar alguma coisa?

Foi uma opção suicida, já que essa facilidade de acesso ao crédito resultou na diminuição de consumo, dada a necessidade de liquidar a dívida contraída. E baixando o consumo, caiu a produção e cresceu o desemprego. Mas nada disso interessou a Wall Street, lançada numa espiral especulativa sem retorno, que só poderia explodir como o jogo da pirâmide, que afinal é o seu modelo operacional. As fraudes multiplicaram-se e, com os mecanismos de regulação desactivados, nada foi detectado. Nem nos Estados Unidos nem na UE, que seguiu o mesmo modelo. As burlas nos bancos comerciais foram camufladas pelos paraísos fiscais, as off-shores que os governos teimam em manter, e que dão cobertura aos negócios ilícitos. Por cá, o Banco de Portugal, naturalmente, manteve-se alheio às evidências criminais.

Em 2005, com o aumento das taxas da FED, rebentou o balão. A par do abrandamento do consumo, surgiu a impossibilidade de cumprir com as prestações elevadas, o que motivou a corrida às vendas de imóveis e a inevitável crise no sector imobiliário. As instituições financeiras começaram a tentar vender os títulos de risco, que rapidamente perderam valor (a crise das subprime).

A bolsa foi o recurso seguinte e a ordem de venda difundida levou à queda das acções. Foi o pânico generalizado. Wall Street colapsou e o mercado europeu acompanhou a queda. O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet, precipitou a crise europeia com a mesma fórmula, apostando na subida meteórica das taxas de juro, seguindo a asneira americana. Com o argumento de contenção da inflação, face aos aumentos do preço do petróleo, contribuiu para o descalabro da economia. Visando travar a corrida ao crédito, antes provocou a impossibilidade do pagamento dos que o tinham contraído.

A fim de manter o sistema, nacionalizaram-se os prejuízos. Os empréstimos concedidos não tiveram garantias reais e protegeram-se os responsáveis pela derrocada económica. E assim que Trichet desceu a taxa de juro, aumentaram o spread (a margem de lucro que reverte para o banco). O povo paga e a banca prospera.

O ardil da carência de capital resultou num novo esquema de agravamento de juros. Transformaram a mudança de sistema num novo contrato, aumentando os juros, e barraram a possibilidade de manter o cumprimento das prestações.

A recessão foi inevitável, com a crise crescente no mercado imobiliário a alastrar-se a todos os sectores de produção. O abrandamento do consumo minou todos os sectores, já sabotados pelas restrições impostas à agricultura, pescas e indústria… a economia em queda livre.

Crise? Qual crise? Em Portugal, os quatro maiores bancos privados a operar em Portugal (Santander Totta, BCP, BES e BPI) anunciaram os lucros de 2009: cerca de 1,445 mil milhões de euros. Mais do que em 2008 (1,3 mil milhões)!

As injecções de dinheiro nas corporações financeiras não contribuíram rigorosamente em nada para a resolução do problema económico emergente, antes o agravaram. Os estados financiaram os bancos com os dinheiros públicos e o sistema mantém-se. Wall Street continua a mesma política económica e o mundo ocidental segue-lhe as pisadas. Foram as práticas ocultas de Wall Street que levaram ao descalabro na Grécia, contornado as directrizes de Bruxelas quanto aos limites de endividamento e alimentando a besta voraz da especulação.

Sem regulação, as corporações, na sua voracidade, esmagam a economia. Cidades de raiz operária, como Setúbal, ressentem-se particularmente com a situação, dado o desinvestimento na produção e deslocalização das unidades fabris e respectivo equipamento para países onde a mão-de-obra é mais barata. A mesma fórmula que arrasou a indústria conserveira.

Os barões da economia e os papagaios que lhes propagandeiam os propósitos defendem que se baixem os ordenados e aumentem o número de horas de trabalho, enquanto vamos conhecendo alguns dos rendimentos escandalosos dos gestores. Vítor Constâncio vai como castigo ocupar a vice-presidência do BCE, para garantir a inoperacionalidade e fazer a cama ao alemão.

Tudo tresanda a projecto de escravatura.

A BANCA É A NOSSA CRISE.

sábado, 20 de março de 2010

PAGAR E MORRER

Pagamos o sistema de segurança social para onde vão os nossos impostos
Pagamos os gestores das empresas onde trabalhavam tantos, que eles despediram
Pagamos a estupidez
Pagamos a prepotência
Pagamos o compadrio
Pagamos a competitividade
Pagamos o tachismo
Pagamos à banca que nos espoliou
Pagamos obras faraónicas que servem interesses de alguns
PAGAMOS TUDO E RECEBEMOS TÃO POUCO

Morre o plano dentário
Morre a empresa onde trabalhavam tantos
Morre a lucidez
Morre a esperança de uma sociedade mais justa
Morre o espírito de cooperação
Morre a alegria
Morre o associativismo
Morre o sindicalismo
Morre a solidariedade
Morre a economia
Morre a felicidade
Morre a Liberdade
Morre a esperança
Morre a dignidade
Morre a luta e morre o bom senso
Morremos todos!!!!

CAMBADA DE SUBMISSOS!!!!
ODEIO CACIQUES E ESCRAVOS QUE NÂO QUEREM DEIXAR DE O SER!

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Uma cáfila de cínicos

Uma cáfila de cínicos vai adiando ad eternum o descanso dos trabalhadores, com argumentos que os próprios renegam, ao abreviar a sua mísera e nociva contribuição, com reformas opulentas cumulativas…
Uma cáfila de cínicos que exige sacrifícios aos trabalhadores em nome de uma recuperação da crise arquitectada pelas próprias monumentais trafulhices, enquanto continua incólume, aumentando os seus benefícios…
Uma cáfila de cínicos que, conscientemente, empurra para a miséria extrema os desafortunados e saboreia os seus proveitos pessoais através da escravatura…
…merece todo o apreço e apoio de um povo anestesiado pelo futebol, religião, novelas e merdas avulso que garantem a continuidade da podridão.

A PULHICE TOTAL

Manuel Alegre, candidato presidencial filiado no PS, partido que actualmente governa com postura de extrema-direita, é precipitadamente apoiado pelo Bloco de Esquerda.
Fernando Nobre, candidato independente, defensor dos desprotegidos e lesados por governos repressivos, é apoiado pelo PS.
O bom senso não está doente… o bom senso morreu!

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

PREPOTÊNCIA

Deveria ter sido a mensagem de abertura, mas provavelmente vou repetir o que sempre mencionei nas agendas:
SOU ALÉRGICO A PREPOTÊNCIAS

A solução dos economistas

Os bancos roubam e o governo dá-lhes mais, muito mais, do dinheiro dos nossos impostos.
O governo esbanja em megalomanias, enquanto subsidia a aniquilação da produção.
Mata a economia e os governantes recebem dividendos ilícitos, garantindo cargos nas empresas públicas ou privadas beneficiadas pela política de favorecimento específico.
A cáfila mafiosa proteje-se mutuamente, encobre e nega a corrupção, e sobra débito.
Os economistas apresentam a solução: baixar os vencimentos dos trabalhadores!
Como se não chegasse o congelamento ou o aumento percentual, que abre o leque de diferença entre ricos e pobres!
Logo, querem manter o sistema através do empobrecimento ainda mais radical da população.

FERNANDO NOBRE

Fernando Nobre conhece a pobreza, a dor, a fome, a doença, e luta no terreno para combater esses flagelos, em Portugal e pelo mundo fora.
Fernando Nobre tem obra feita de dignidade.
Fernando Nobre é íntegro, honesto e inteligente.
Fernando Nobre foi mandatário do BE para as europeias.
Irá o Bloco de Esquerda ter a coragem de voltar as costas a Fernando Nobre e teimar num apoio precipitado a um cata-vento senil?
Só por casmurrice!
E muita credibilidade irá perder se o fizer...

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

CRISE? QUAL CRISE?

Os quatro maiores bancos privados a operar em Portugal anunciaram os lucros de 2009: cerca de 1,445 mil milhões de euros.
Mais do que em 2008 (1,3 mil milhões)!
Assim:
Santander Totta - 523 milhões.
BCP - 225,2 milhões.
BES - 522 milhões,
BPI - 170 milhões.
Naturalmente, isto deve reforçar os argumentos daqueles que defendem o congelamento ou mesmo a redução de vencimentos.

OS POBRES QUE PAGUEM A CRISE QUE OS BANCOS GERARAM!

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Manuel Alegre

Não posso apoiar o candidato Manuel Alegre, uma vez que esse senhor é filiado num partido de extrema-direita.

Assim, como não me abstenho nem voto em branco, vou seguramente votar num candidato de esquerda (porque os libertários não concorrem, só os libertinos como o candidato Vieira), a ponderar (ainda é cedo), seja ele Garcia Pereira, sempre coerente, ou Jerónimo de Sousa, que aplaudiu a manif da CGTP da passada sexta-feira (e eu estava lá, na frente de combate, de bandeira em riste).

Mas nesta altura tão conturbada da cena política, até às eleições presidenciais, muitas mentiras vão ser contadas e muita movimentação há-de surgir.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Mário Crespo

Era só uma questão de tempo.
Mário Crespo incomoda.
A lucidez incomoda.
Urge difamar, deturpar, suprimir, aniquilar quem denuncia a podridão instituída.
O poder económico é a nova censura.
O novo estado novo não tem pudores.
A prepotência já não se esconde.

E para esses adjectivadores calhordas que vilipendiam, também me autorizo atribuir alguns, como CRÁPULAS, PIDESCOS, FASCISTAS, IGNÓBEIS.

E permito-me transcrever o texto CENSURADO de Mário Crespo:





O Fim da Linha
Mário Crespo

Terça-feira dia 26 de Janeiro. Dia de Orçamento. O Primeiro-ministro José Sócrates, o Ministro de Estado Pedro Silva Pereira, o Ministro de Assuntos Parlamentares, Jorge Lacão e um executivo de televisão encontraram-se à hora do almoço no restaurante de um hotel em Lisboa. Fui o epicentro da parte mais colérica de uma conversa claramente ouvida nas mesas em redor. Sem fazerem recato, fui publicamente referenciado como sendo mentalmente débil ("um louco") a necessitar de ("ir para o manicómio"). Fui descrito como "um profissional impreparado". Que injustiça. Eu, que dei aulas na Independente. A defunta alma mater de tanto saber em Portugal. Definiram-me como "um problema" que teria que ter "solução". Houve, no restaurante, quem ficasse incomodado com a conversa e me tivesse feito chegar um registo. É fidedigno. Confirmei-o. Uma das minhas fontes para o aval da legitimidade do episódio comentou (por escrito): "(...) o PM tem qualidades e defeitos, entre os quais se inclui uma certa dificuldade para conviver com o jornalismo livre (...)". É banal um jornalista cair no desagrado do poder. Há um grau de adversariedade que é essencial para fazer funcionar o sistema de colheita, retrato e análise da informação que circula num Estado. Sem essa dialéctica só há monólogos. Sem esse confronto só há Yes-Men cabeceando em redor de líderes do momento dizendo yes-coisas, seja qual for o absurdo que sejam chamados a validar. Sem contraditório os líderes ficam sem saber quem são, no meio das realidades construídas pelos bajuladores pagos. Isto é mau para qualquer sociedade. Em sociedades saudáveis os contraditórios são tidos em conta. Executivos saudáveis procuram-nos e distanciam-se dos executores acríticos venerandos e obrigados. Nas comunidades insalubres e nas lideranças decadentes os contraditórios são considerados ofensas, ultrajes e produtos de demência. Os críticos passam a ser "um problema" que exige "solução". Portugal, com José Sócrates, Pedro Silva Pereira, Jorge Lacão e com o executivo de TV que os ouviu sem contraditar, tornou-se numa sociedade insalubre. Em 2010 o Primeiro-ministro já não tem tantos "problemas" nos media como tinha em 2009. O "problema" Manuela Moura Guedes desapareceu. O problema José Eduardo Moniz foi "solucionado". O Jornal de Sexta da TVI passou a ser um jornal à sexta-feira e deixou de ser "um problema". Foi-se o "problema" que era o Director do Público. Agora, que o "problema" Marcelo Rebelo de Sousa começou a ser resolvido na RTP, o Primeiro Ministro de Portugal, o Ministro de Estado e o Ministro dos Assuntos Parlamentares que tem a tutela da comunicação social abordam com um experiente executivo de TV, em dia de Orçamento, mais "um problema que tem que ser solucionado". Eu. Que pervertido sentido de Estado. Que perigosa palhaçada.

domingo, 24 de janeiro de 2010

PRIVATIZAÇÕES

A privatização dos serviços essenciais conduz à pobreza extrema dos utentes, que assumem o estatuto de clientes.
A despesa pública sobre esses serviços mantém-se ou agudiza-se e os lucros, acrescidos, são distribuídos pelos gestores.
É bonito e contribui para um mundo mais feliz, não é, ó povinho entorpecido?

CRISE

Em tempo de crise, a solução óbvia é roubar ainda mais aos pobres para garantir o acréscimo de rendimento dos muito ricos.
TODAS AS CRISES SÃO FORJADAS

Manuela Ferreira Leite

Manuela Ferreira Leite anda contente.
Senhores banqueiros, descansem.
Ela ajuda a viabilizar o orçamento.
PODEM CONTINUAR A PILHAGEM!

Paulo Portas

Existem dois Paulo Portas?
O ex-ministro Paulo Portas foi responsável directo pela compra de dois submarinos considerados desnecessários pela NATO, que consomem uma fortuna diária, e por um lote de helicópteros que estiveram imobilizados e agora absorvem rios de dinheiro por um contrato de manutenção milionário. RESPONSÁVEL.
O mesmo PP que dirige o PP viabiliza de forma RESPONSÁVEL o orçamento de estado do partido (nacional) socialista - vulgo PS.
Observando as reportagens, percebe-se que afinal nada mudou. É mais do mesmo. A argumentação populista e deturpadora está lá toda (segurança, pensões, agricultura, família... - todo o mal que vos faço é para o vosso bem).
Nada de novo, portanto.

Tempo

A criação de obrigações institucionais, além daquelas que os imprevistos exigem, em horário laboral, implica consumo de tempo de descanso, lazer e intervenção.
Marcar consultas, tratar de assuntos com empresas de fornecimento de recursos essenciais como água, energia ou transportes públicos, inspecção automóvel, entrega do IRS..., tudo é tratado em horário de expediente com prejuízo dos trabalhadores.
A opção visa anestesiar a revolta, preenchendo espaço que poderia ser ocupado com actividades eventualmente incómodas.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Descarreirar

Não lembra ao diabo ou governante acisado juntar no mesmo saco todas es especialidades, ou mais concretamente arrumando-as em três grupos com as designações de técnico superior, assistente técnico e assistente operacional, só para garantir a distinção dos grupos económicos.
Mata-se a especialização, despreza-se a formação e a experiência, desperdiça-se o conhecimento, aposta-se na mediocridade. Em nome da mobilidade, joga-se para o lixo todo o investimento na melhoria da prestação do serviço público.
Torna-se exasperante a prepotência e a falta de senso com que se lida com as pessoas. As decisões parvas acumulam-se.
Num estado de direito respeita-se a lei dos contratos. Sucintamente: nenhum contrato pode ser alterado unilateralmente. Por cá, um governo faz isso impunemente.
O disparate mais flagrante e a pura veleidade já não surpreendem. Mais uma vez, o governo deu exemplos de ignomínia e má gestão.

A POLÍTICA DE CORRECÇÃO DE REMUNERAÇÕES

Face ao crescente e aterrador aumento da pobreza em Portugal, torna-se urgente rever as políticas de negociação remuneratória no sentido de não tornar ainda mais gravosa esta situação, em que o trabalho deixa de ser compensatório.

A incidência percentual sobre o valor miserável recebido pelos que se encontram encarcerados no fundo de uma tabela remuneratória torna-se ridícula quando convertida em valores concretos. Os aumentos percentuais têm levado a situações insustentáveis e aberrativas em que o valor do aumento dos vencimentos mais elevados pode ser superior ao valor da retribuição dos que estão posicionados na base das tabelas.

O efeito de leque poderá ser atenuado através de um cálculo de valor de correcção intermédio que seria atribuído à generalidade dos trabalhadores, independentemente da posição remuneratória que ocupem.

Outras soluções serão naturalmente possíveis e passíveis de análise. A manutenção do actual sistema é que torna incomportável, já por questões de sobrevivência e não apenas de dignidade, a situação económica de uma cada vez maior fatia de trabalhadores.

A desgraça evolui e não se auguram bons resultados se não forem tomadas medidas concretas e transparentes.

E insisto, urgentes.

BAIRRO AZUL, BELA VISTA, SETÚBAL

na imprensa:
Câmara de Setúbal desmente BE sobre Bairro Azul
A presidente da Câmara de Setúbal garante que «nunca» afirmou «qualquer intenção» da autarquia de demolir o Bairro Azul da Bela Vista. A garantia é avançada pelo executivo de Dores Meira, em resposta a declarações da bancada do Bloco de Esquerda, de que teria sido “anunciado publicamente” pela presidente da Câmara, “a intenção de demolir”o bairro.

Segunda, 11/01/2010 - 16:38


Depois de uma visita à zona, os bloquistas afirmam que os moradores não receberam qualquer tipo de informação, pelo que pedem explicações à Câmara sobre o assunto e chamam a atenção para o que classificam de “abandono da manutenção dos edifícios e do espaço envolvente”, nomeadamente “a ausência de iluminação pública entre os blocos habitacionais”.

A posição dos elementos do Bloco de Esquerda é repudiada pela autarquia, que desmente que «alguma vez tenha a presidente da Câmara afirmado, em qualquer circunstância, que o bairro azul vai ser demolido». E esclarece que a edil Dores Meira, em resposta a uma questão colocada por um jornalista da SIC, «apenas admitiu que tem havido interessados na construção de novos empreendimentos naquele espaço, garantindo, naturalmente, os necessários realojamentos». No entanto, assevera a autarquia, «admitir esta realidade é coisa bem diferente de afirmar que o bairro vai ser demolido», uma vez que «não há nenhuma decisão nesse sentido».

Para a maioria comunista na Câmara, o comunicado do Bloco de Esquerda «assume, no mínimo, um carácter estranho», quer relativamente à alegada demolição quer às denúncias de «abandono» do equipamento, até porque «é conhecido que foi já aprovada uma candidatura da Câmara a fundos comunitários para a requalificação do bairro». Candidatura que, adianta o executivo, «evidencia que a autarquia está empenhada na transformação, para melhor, de toda aquele conjunto habitacional».

A senhora quererá convencer-se de que somos todos ingénuos?
Transcrevendo a resposta:
“a demolição foi apontada como solução pelos empreendedores imobiliários”. “Nunca, em circunstância alguma, foi dito que o bairro iria ser demolido ou que essa decisão estava tomada”

Então a senhora vai para a TV fazer de porta-voz dos empreendedores imobiliários e devemos ficar a pensar que não existe essa intenção?

Sem que a denúncia seja feita, resta a política do acto consumado. É também contra essa forma de prepotência que lutamos. As decisões sobre a vida das pessoas devem passar pelos visados.

A senhora fala muito bem com os empreendedores imobiliários e papagueia as suas soluções miraculosas, mas não fala com a população antes da campanha publicitária.

Confrontada com a intenção, foge com o rabo à seringa. Refugia-se na forma para desviar a atenção do conteúdo.

Tá mal

TRANSPORTES PÚBLICOS

Quase diariamente recebo notícias destas (ver abaixo), porque subscrevi a newsletter.
Já nem abro algumas delas...
Não sei se a atitude canalha tem cobertura legal, e se a tem, mais grave se torna o problema.
É a prepotência capitalista instituída contra todos os valores ecológicos e sociais na sua plenitude.
Torna-se imperativo denunciar que não se trata de situações pontuais de ajuste para melhoria de serviços, mas apenas de uma estratégia economicista por parte de uma empresa que recebe verbas avultadas do Estado (leia-se dos nossos impostos) para prestação de um serviço social.
É o custo das privatizações selvagens que andamos a pagar.


---------- Forwarded message ----------
From: Transportes Sul do Tejo
Date: 2010/1/15
Subject: SUPRESSÃO DA CARREIRA 2P - PRAGAL-COVA DA PIEDADE
To:

A partir do dia 01/02/2010 a carreira 2P deixará de ser efectuada.Mais informações poderão ser obtidas através do contacto telefónico 211 126 200.
Direcção de Comunicação e Marketing